Cerca de 0,05 a 0,5% da população pode sofrer com o ceratocone, uma doença hereditária e degenerativa que afeta a córnea, membrana que protege o olho, deformando-a para um formato de cone.
O problema oftalmológico se manifesta através de sintomas como visão embaçada, hipersensibilidade à luz, aparecimento de imagens “fantasmas”, visão dupla, coceira no olho e dores de cabeça, com a intensificação dos problemas com o passar do tempo.
Ao contrário da maioria dos problemas oculares, a doença costuma surgir na infância, na adolescência ou no início da fase da adulta, para então progredir com o tempo em caso de falta de tratamento.
A única cura definitiva para o problema é o transplante de córnea, mas trata-se de uma cirurgia de alto risco, esse procedimento geralmente só é realizado quando o grau de alteração é elevado ou se a doença piora mesmo com os outros tratamentos disponíveis para amenizá-lo, sendo eles:
LENTES ESPECIAIS
Em um primeiro momento, busca-se tratar a doença com o uso de óculos ou lentes de contato rígidas, fazendo-se vários testes e, de acordo com a curvatura do olho, é escolhido o modelo ideal para tentar corrigir o grau de visão do paciente.
Existem as lentes esclerais que não tocam na córnea, são apoiadas na esclera (parte branca do olho) e são preenchidas com soro fisiológico. Elas dão uma acuidade visual excelente com um conforto maior que as rígidas. São personalizadas.
CROSS LINKING
Para complementar o uso das lentes especiais, uma técnica que pode ser utilizada é o cross linking, que consiste na aplicação direta de vitamina B 12 no olho, além de expô-lo à luz UV-A. Esse procedimento tem o intuito de enrijecer a córnea, evitando a continuação de sua deformidade.
ANEIS INTRAESTOMAIS COM LASER
Nesse procedimento, que dura em média 20 minutos, implanta-se um segmento em semicírculo na córnea do paciente, para tentar, assim, aplanar a região irregular por causa da doença.
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